quarta-feira, 18 de maio de 2011

Insultos a 688 900 desempregados

Sócrates prometeu criar 140 000 postos de trabalho. Findos os seus seis anos de desgoverno, tem criados 688 900 desempregados. Foi o Instituto Nacional de Estatística que ontem revelou que o número de desempregados subiu para próximo da barreira psicológica dos 700 000. A taxa de desemprego está, agora nos 12,4%, outro recorde histórico, juntamente com dívida, défice, subida de impostos, e bancarrota.
Logo veio Sócrates a «explicar» - com aquele despudor que parece ainda agradar a uma parcela decrescente do eleitorado - que isso se deve a uma nova metodologia (ou seja, a o inquérito ter passado a ser feito por telefone, e não presencialmente).
Que não, não é assim, disse imediatamente fonte do INE, que explicou que a subida do desemprego se deve à deterioração do mercado de trabalho, e, mais, que ainda que se tivesse recorrido à antiga metodologia, a taxa de desemprego teria subido à mesma.
Ao azar somou-se o ridículo: horas antes, algumas estações e jornais mais prestimosos tinham andado a anunciar que havia «menos inscritos nos centros de desemprego» (omitindo, é claro, que é fácil obter esse resultado, basta desinscrever os inscritos ou cassar-lhes o direito). Pumba: caiu-lhes o duro relatório do INE em cima.
Então, disse ainda Sócrates, articulando a velha rábula, foi «a crise internacional que afectou os empregos em todos os países». É ...  a crise internacional que afecta todos os países é uma maçada. Há-de ser por causa dela, não por causa da obra deste pobre primeiro-ministro, que Portugal será, em 2013, o único país do Mundo em recessão. (O único país do Mundo!).

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