quinta-feira, 2 de junho de 2011

Da falsificação para a farsa

Sócrates, 5ª feira, em campanha, falando à Sic sobre a «descida substancial» da Taxa Social Única, prevista no acordo de resgate internacional, que subscreveu:
João Adelino Faria: «A seu ver, o que poderá ser essa descida substancial?»
José Sócrates: «Espero que seja uma descida pequena.»

O que ele não pode dar

Ontem, em campanha, em mais uma manifestação do ponto único do seu programa, que é atacar a oposição, Sócrates perguntou, sobre Passos Coelho, «de que lado é que ele está?», se da troika, se de Portugal. E mais disse o ainda primeiro-ministro por 2 dias: «Ir além das medidas de austeridade, ir além desses sacrifícios, é pedir ao país algo que o país não precisa de dar.»
Eis, em toda a clareza, porque é preciso erradicar José Sócrates.
Porque ainda finge que a ajuda externa não foi uma necessidade resultante do seu desgoverno..
Porque julga que o programa da troika (que ele assinou) é o seu PECIV, que só pedia sacrifícios ao povo, e não dava esperança alguma em termos de competitividade da economia, de retirada do peso do Estado e dos boys de cima da economia, de proibição de negociatas de bastidor entre os socialisas e as empresas amigas. É isso exactamente o que Sócrates não quer.
Quando diz que o PSD está «a pedir ao país algo que ele não precisa dar», o que Sócrates está a dizer realmente é que a vitória de Passos Coelho vai «dar ao país algo de que o PS não quer largar mão».

quarta-feira, 1 de junho de 2011

A herança da emigração (aos níveis da ditadura)

Desde 2007 até hoje, sairam de Portugal para trabalhar no estrangeiro 100 mil pessoas por ano, o maior fluxo de emigração desde 1973.
No que toca apenas aos inscritos no Instituto de Emprego e Formação Profissional, soube-se hoje que emigraram, em Janeiro, 1640 pessoas; em Fevereiro, 1494; em Março, 1945; e em Abril, 2104, totalizando 7183 pessoas que optaram por procurar no estrangeiro o trabalho que não conseguem aqui.
E agora, palavras de Sócrates, em Agosto de 2008: «Portugal criou quase 134 mil empregos desde que o governo tomou posse.»

O grau zero de seriedade

A dimensão da falta de seriedade dificulta, às tantas, os qualificativos. Vale a pena ler esta notícia exemplar do Público online. Excertos:
 
«Durante a campanha eleitoral, o primeiro-ministro disse que apenas irá aceitar uma descida “pequena” e “gradual” da TSU, salientando que essa medida está ainda “em estudo”.»

«Contudo, no memorando assinado com o Fundo Monetário Internacional (FMI) – o chamado Memorando de Políticas Económicas e Financeiras, que só hoje foi divulgado – o Executivo comprometeu-se com uma “redução significativa da contribuição das empresas para a Segurança Social” ("major reduction", no original).»

«De acordo com o programa, esta medida terá de estar definida até final de Julho, data em que a missão da troika virá a Portugal fazer a primeira avaliação da prossecução do programa, e deverá ser implementada no contexto do Orçamento
do Estado de 2012.»

«No documento assinado pelo ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, e pelo governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, a descida da taxa social única inscreve-se no restrito grupo de medidas (cerca de 20) que recebem o carimbo de structural benchmark, o que significa que é uma proposta que tem mesmo de ser cumprida.»

Sem dignidade até ao fim

O ministro da Defesa e dirigente socialista, Augusto Santos Silva, foi convidado do jornal das 22 horas da tvi24, a decorrer,  para falar do caso da agressão a um recruta dos fuzileiros. Informado pelo apresentador de que falariam, depois, sobre a campanha eleitoral, Santos Silva articulou que «como sabe, eu ou falo numa qualidade ou noutra» (governante ou propagandista).
Parecia - pareceu por momentos - que um dos mais destacados responsáveis socialistas pela produção de graçolas e grosserias fora tomado por alguma noção módica de dignidade, a 3 dias de ser mandado embora.
Mas não: sem intervalo, Santos Silva passou a proferir longas e azedas considerações sobre a campanha eleitoral.
Mais vale assim ... Até ao último momento, nem uma pinga de sentido de Estado.

terça-feira, 31 de maio de 2011

A herança da juventude sem esperança

O grande defensor do estado social deixa, após os seus 6 anos de governo, uma taxa de desemprego de 27,4% entre os jovens com menos de 25 anos.

A herança do ataque às famílias

O grande defensor do estado social cortou o abono de família a 645 000 famílias desde Novembro do ano passado, altura em que, nas suas palavras, tudo estava bem.