segunda-feira, 30 de maio de 2011

Um carácter sem hesitações nem ziguezagues

Há gente a quem não se pode comprar nem um apara-lápis, há gente com quem não pode contratar-se nem o aluguer de um palito. Mas há gente que exagera.

Recapitulando. Se bem compreendemos, este senhor indignou-se muito com o programa do PSD e com Pedro Passos Coelho, porque defendiam uma descida substancial da Taxa Social Única.

Mas verificámos imediatamente que este mesmo senhor tinha assinado um acordo de ajuda externa com a missão tripartida FMI/UE/BCE onde se comprometera a fazer uma «descida substancial» da Taxa Social Única.

Este senhor, no entanto, dizia que não havia pressa, que primeiro ia fazer uma análise para realizar uma proposta para conduzir a um estudo que possibilitasse a seu tempo fazer o que a missão exigia.

Mas viemos a saber agora que este mesmo senhor assinara com a missão tripartida um outro acordo depois do primeiro acordo - sem dizer nada aos Portugueses, ou aos co-signatários, ou fosse a quem fosse (como é seu costume) -, no qual novo acordo se comprometera e ao país a que a redução da TSU, além, de «substancial», fosse feita já em Julho, e não no fim do ano ou em 2012.

Se bem me lembro, foi também este senhor que atacou muito Passos Coelho por contemplar co-pagamentos na saúde, o que era, dizia este senhor, um ataque ao estado social lá dele.

Mas viemos a saber que este senhor comprometera o país junto da missão de ajuda externa a estabelecer co-pagamentos já em Julho.

Este senhor é, na verdade, uma enorme fonte de perplexidade. Sobretudo desta: que não há qualificativo que pareça justo ou suficiente para o que este senhor tem como carácter e comportamento.



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